terça-feira, 27 de novembro de 2012

HOBBES E O ESTADO ABSOLUTO (Sociologia)

Thomas Hobbes (1588-1679), inglês de família pobre, conviveu com a nobreza de quem recebeu apoio e condições para estudar, e defendeu ferrenhamente o poder absoluto, ameaçado pelas novas tendências liberais. Teve Contato com Descartes, Francis Bacon e Galileu. Preocupou-se entre outras coisas, com o problema do conhecimento, tema básico das reflexões do século XVII, representando a tendência empirista. Também escreveu sobre política: as obras De cive e Leviatã. O Estado absoluto Qual é a natureza do poder legítimo resultante do consenso? Que tipo de soberania resulta do pacto? Para Hobbes, o poder do soberano deve ser absoluto, isto é, ilimitado. A transmissão do poder dos indivíduos ao soberano deve ser total, caso contrário, um pouco que seja conservado da liberdade natural do homem, instaura-se de novo a guerra. E se não há limites para a ação do governante, não é sequer possível ao súdito julgar se o soberano é justo ou injusto, tirano ou não, pois é contraditório dizer que o governante abusa do poder: não há abuso quando o poder é ilimitado! Vale aqui desfazer o mal entendido comum pelo qual Hobbes é identificado como defensor do absolutismo real. Na verdade, o Estado pode ser monárquico, quando constituído por apenas um governante, como pode ser formado por alguns ou muitos, por exemplo, por uma assembléia. O importante é que, uma vez instituído, o Estado não pode ser contestado: é absoluto. Além disso, Hobbes parte da constatação de que as disputas entre rei e parlamento inglês teriam levado à guerra civil, o que o faz concluir que o poder do soberano deve ser indivisível. Cabe ao soberano julgar sobre o bem e o mal. sobre o justo e o injusto; ninguém pode discordar, pois tudo o que o soberano faz é resultado do investimento da autoridade consentida pelo súdito. Hobbes usa a figura bíblica do Leviatã, animal monstruoso e cruel, mas que de certa forma defende os peixes menores de serem engolidos pelos mais fortes. É essa figura que representa o Estado, um gigante cuja carne é a mesma de todos os que a ele delegaram o cuidado de os defender. Em resumo, o homem abdica da liberdade dando plenos poderes ao Estado absoluto a fim de proteger a sua própria vida. Além disso, o Estado deve garantir que o que é meu me pertença exclusivamente, garantindo o sistema da propriedade individual. Aliás, para Hobbes, a propriedade privada não existia no estado de natureza, onde todos têm direito a tudo e na verdade ninguém tem direito a nada. O poder do Estado se exerce pela força, pois só a iminência do castigo pode atemorizar os homens. “Os pactos sem a espada [sword] não são mais que palavras [words]”. Investido de poder, o soberano não pode ser destituído, punido ou morto. Tem o poder de prescrever as leis, escolher os conselheiros, julgar, fazer a guerra e a paz, recompensar e punir. Hobbes preconiza ainda a censura, já que o soberano é juiz das opiniões e doutrinas contrárias à paz. E quando, afinal, o próprio Hobbes pergunta se não é muito miserável a condição de súdito diante de tantas restrições, conclui que nada se compara à condição dissoluta de homens sem senhor ou às misérias que acompanham a guerra civil. Embora Hobbes defenda o Estado absoluto, e sob esse aspecto esteja distante dos interesses da burguesia que aspira ao poder e luta contra o absolutismo dos reis, é possível descobrir no pensamento hobbesiano alguns elementos que denotam os interesses burgueses. Estado de Natureza Para Hobbes, no estado de natureza, o ser humano tem direito a tudo Contrato Social Hobbes pondera que o individuo reconhece a necessidade de renunciar a seu direito a todas as coisas, contentando-se, em relação aos outros homens, com a mesma liberdade que os outros homens permite em relação a si mesmo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sociedade Disciplinar e Sociedade de Controle

Foucault se propôs a analisar a sociedade com base na disciplina do cotidiano. Para eles,todas as instituições procuram disciplinar os indivíduos desde que nascem. Como por exemplo,a Família,a escola,a fábrica e etc. A sociedade Disciplinar procurar organizar grandes meios de confinamento. A sociedade de controle,tem os métodos de curto prazo e de rotação rápido. Mas contínuos e ilimitados. Exemplos de modo de controlar as pessoas constantemente é por meio de avaliações permanentes e formação continuada. Se na sociedade disciplinar há sempre um individuo vigiando os outros em várias direções num lugar confinado,na sociedade de controle todos olham para o mesmo lugar. Uma forma também de controlar as pessoas,é por forma de "conselhos",onde as propagandas nos induzem a ingerir ou utilizar algo,apenas pela aparência,e pelo marketing apresentando,sem levar em conta,a qualidade do produto e se realmente ele traz benefício e o efeito de acordo que com o que foi apresentado na propaganda. Na sociedade disciplinar o elemento central de produção é a fábrica, na de controle é a empresa. O lugar do marketing em nossa sociedade é evidente. Identificamo-nos cada vez mais por meio de senha, cada um de nós é apenas um numero, parte de um banco de dados de amostragem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mapa conceitual De Sociologia

Escola Adventor Divino de Almeida
Campo Grande, 24 de Outubro de 2011
Professora: Vanja Marina
 Disciplina: Sociologia

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sistemas de castas e estamentos

Escola Estadual Adventor Divino de Almeida
Campo Grande,26 de Setembro de 2011
Profº: Vanja
Disciplina: Sociologia




Assista os vídeos e depois responda as seguintes questões:

1-Segundo o sistema de estamentos da Índia, qual é a casta considerada impura e excluída? Por que?
                 Esta Casta é chamada de Dálits ou  Périas, que são chamados de intocáveis por que eles violaram, os códigos das castas, que inicialmente pertenciam.
2- Como é feita a divisão das profissões dos hindus? Essa divisão tem relação com as castas?

Hindus, era o nome pela qual a civilização indiana era designada
3- Qual era a base da economia da sociedade feudal? Explique.
    Agricultura. Ela era essencialmente agrária, natural e auto-suficiente. Produzia-se para o consumo imediato. Trabalho regulado pelas obrigações servis, fixadas pela tradição e costumes.
4- Na sociedade feudal, segundo a divisão por estamentos, quem pertencia ao topo da pirâmide, ou seja exercia poder sobre as demais classes? Por que esse poder ficou centralizado nas mãos dessas pessoas?
Quem pertencia ao topo da pirâmide eram o Clero. Por Causa da invasões germânicas(Bárbaras), no século V, sobre o império romano do Ocidente(Europa).

Exercício de Sociologia

Escola Adventor Divino de Almeida
Campo Grande, 23 de Setembro de 2011
Professora: Vanja
Disciplina: Sociologia






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1.  Os dois textos apontam a permanência  de aspectos relacionados aos sistemas de castas e de estamentos na sociedade comtemporânea. Cite outras situações nas quais se observa alguma característica dessas formas de desigualdade no mundo atual.

  Hoje em dia, ainda há muitas desigualdades e descriminações entre as pessoas. Uma delas, são em relação ao desempregados, por que aquelas pessoas que tem baixo indice de escolaridade, ao procurar um emprego, conseguem apenas um serviço de gari, ou até inferior a isto. Na maioria  das vezes, quando vimos uma pessoa deitada na calçada(mendigo), olhamos e muitas vezes apenas sentimos pena, e não temos coragem de irmos e ajudarmos aquelas pessoas, que as vezes precisam muito de nossa ajuda. Muitas das vezes não vimos apenas as  diferenças de riqueza, mas também diferenças de qualidade social das pessoas.

2.  Com base na análise do que constitui uma casta e um estamento, como você explica a permanência desses tipos de desigualdades?
    Há estas desigualdades, por que as pessoas se dividem entre si mesmos, e umas das coisas que contribuem para estas desigualdades vem muitas vezes de nós mesmo, citamos por exemplo, o orgulho que sentimos de querer ser superior as outras pessoas. Isso faz com que descriminamos aquelas pessoas que  as vezes são pouca coisa inferior à nós, por que  podemos ser o quiser, basta ter determnação para alcançar os nossos objetivos, por isso nunca se sinta superior aos outros ou inferior à eles.

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1. Se o alimento produzido no mundo é suficiente para suprir as necessidades de todos, o que explica o problema da fome?
    Uma das principais razões são as desigualdades sociais, e a alta dos preços no mercado atual e, também  muita das vezes a falta de boas terras para o plantio e o cultivo delas.

2.  As campanhas contra a fome poderão resolver o problema ou a questão é sistêmica? Nesse caso, o que é necessário mudar para que todos possam se alimentar adequadamente?
    Claro que sim. Para tudo, há solução. Basta apenas, acabarmos com as desigualdades entre as pessoas e fazer com que as oportunidades de empregos sejam maiores para que haja ainda mais a procura por eles, assim o indice  de fome no mundo seria menor. O que falta mesmo, é a oportunidade e ajuda para aqueles que realmente precisam, para aqueles que tem baixo indice de escolaridade ou ganham até menos de uma salário por mês.

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   • O que explica as desigualdades entre homens e mulheres? Por que a mulher ainda é vítima de tanta discriminação e violência?
    As desigualdades entre homens e mulheres é por que há falta de direitos sociais, políticos e econômicos. Entre eles também está o acesso à educação, à saúde, ao mercado de trabalho e ao patrimônio. Por  que , hoje em dia,  a porcentagem que a mulher ocupa no mercado de trabalho é muito menor em relação aos dos homens, então as vezes, por esta falta de emprego elas buscam a prostituição, ou outras coisas mais e muitas delas também são indefesas.

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1. Durante os últimos anos, os shopping centers se espalharam  pelas cidades de grande  e médios porte. São espaços onde há muitas restrições aos pobres. Faça o exercício de imaginar como você seria tratado se entrasse malvestido em um shopping  e até com as roupas sujas, descalço e com os cabelos desgrenhados.
  Provavelmente ou até com certeza as pessoas me olhariam com desprezo ou até nojo, pensando que eu seria uma mendiga, ou coisa assim. E os vendedores teriam restrição em me atender caso eu entrasse em alguma loja.

2.Por que existem limitações  para entrar e circular nesse espaços? Pode-se negar às pessoas o direito de circular pela cidade? Os shoppings  foram contruídos  apenas para quem  pode consumir ou são mais um espaço urbano de convivência somente para iguais?
    Por que muitas vezes dependendo do vestimento das pessoas, as outras podem achar que são mendigos ou até alguém que  está pretendendo assaltar alguém ou alguma loja. Ninguém pode ser proibido de andar, de ir  ou vir, por que temos a liberdade de escolher aonde vamos ou deixamos de ir, pode ser em qualquer lugar, temos a nossa apção de escolher o que quisermos e de irmos aonde quisermos.Os shoppings foram construídos, creio eu, com o objetivo de atender a todos os públicos, as todas as pessoas, sejam adultos, idosos, jovens, adolescentes ou até mesmo crianças.

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1. Escreva um pequeno texto relacionando esta charge ao conteúdo da unidade.
      
                                              Desigualdades: Vamos acabar com elas..
 Há cada dia, há pessoas com fome, sede, frio, sem nenhum cobertor para se cobrirem, e há aquelas que neste momento estão comendo um prato delicioso, quentinha debaixo do cobertor, e talvez tomando um gostoso suco. Mas essas pessoas que tem tudo, muitas vezes não dão valor no que elas comem, e muito das vezes chegam a desperdiçar comida, água e até jogam fora aquelas roupas que apesar de velhas, ainda são boas para aquelas que não tem nenhuma. Por isso, não devemos desperdiçar as coisas que temos, e sim procurar ajudar aquelas pessoas que realmente necessitam. Vamos acabar com essas desigualdades, assim podemos construir, não só um Brasil como um mundo melhor.

2.Leia  o texto e discuta as questões propostas.
     A morte de Ayrton Senna comoveu o país. O desalento foi geral. Independente do "big carnival" da mídia, todos perguntavam o que Senna significava para milhões de brasileiros. Por que a perda parecia tão grande?  O que ia embora com ele?
Dias depois, uma mulher morreu atropelada na avenida das Américas, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Ficou estendida na estrada por duas horas. Como um "vira-lata", disse um jornalista horrorizado com a cena! Neste meio tempo, os carros passaram por cima do corpo, esmagando-o de tal modo que a identificação só foi possível pelas impressões digitais. Chamava-se Rosilene de Almeida, tinha 38 anos, estava grávida e era empregada doméstica.
Efeito paroxístico do apartheid simbólico que fabricamos, pode-se dizer. De um lado, o sucesso, o dinheiro, a excelência profissional, enfim, tudo que a maioria acha que deu certo e deveria ser a cara do Brasil; do outro, a desqualificação, o anonimato, a pobreza e a promessa, na barriga, de mais uma vida severina. 
O brasileiro quer ser visto como sócio do primeiro clube e não do segundo. Senna era um sonho nacional, a imagem mesma da chamada classe social "vencedora"; Rosilene era "o que só se é quando nada mais se pode ser", e que, portanto, pode deixar de existir sem fazer falta. Luto e tristeza por um; desprezo e indiferença por outro. Duas vidas brasileiras sem denominador comum, exceto a desigualdade que as separava, na vida como na morte.
Penso que esta interpretação é correta mas não esgota o sentido dos acontecimentos. Valor diferencial dos indivíduos, segundo a hierarquia de classe, sempre existiu. A vida dos ricos e poderosos sempre foi tida como "mais vida" do que a dos miseráveis. A questão é a ferocidade com que isto, agora, se apresenta. As mortes de Senna e Rosilene mostram, além da divisão social de privilégios, a progressiva privatização ou particularização dos ideais morais.
A insistência em tornar Senna um herói nacional é a contrapartida do absurdo descaso com que tratamos a vida dos mais humildes. O que nele era admirável pertencia à esfera das virtudes privadas. Virtudes perfeitamente conciliáveis com as virtudes públicas, mas que não podem vir a substituí-las, porquanto pessoais e intransferíveis. Talento e vocação para habilidades específicas não se aprende no colégio. Todos podemos ser bons ou excelentes cidadãos; só alguns podem ser bons padeiros, professores, poetas ou desportistas. Um país obrigado a ter num grande corredor de automóveis o motivo único do orgulho nacional é um pobre e triste país.
O problema –fique bem claro!– não é discutir o incontestável mérito de Senna. O problema é saber como pessoas que provavelmente choraram sua morte foram capazes, pouco depois, de esmagar uma mulher como quem pisa numa barata! Cada dia mais, somos levados a crer que "humano como nós" são apenas aqueles com nossos hábitos de consumo, nossos estilos paroquiais de vida, nossas características físicas, nossas preferências sexuais etc. 
Estamos nos convertendo a uma sociedade de "minorias" que discriminam ou são discriminadas, mas que se mostram igualmente incapazes de entender que um mundo humano, como o que conhecemos, só pode existir enquanto durar a idéia de "Homem". Além de "unidimensionais", como dizia Marcuse, estamos nos tornando "parciais e parcializados" na maneira como construímos nossa identidade. 
Já não nos identificamos como seres morais, cujos semelhantes são todos aqueles capazes de falarem e distinguirem o bem do mal. Humanos são os que ostentam os mesmos objetos que possuímos; que aspiram ou alcançam o sucesso mundano que nos deixa em transe ou que exibem as marcas corpóreas que temos ou queremos ter. Os outros nada são.
A honra que coube a Senna era justa e legitimamente devida. Mas torná-lo um "ideal" de "identidade nacional", como muitos pretenderam, é fazer de sua memória caricatura de nossa incompetência cívica e humana. No nível da cidadania, a excelência é outra. É saber como impedir que outras "Rosilenes" sejam trituradas como lixo no asfalto, pelos possíveis amantes de corrida de automóveis.
É esse o "x" do problema: mostrar que qualquer vida, pobre ou rica, famosa ou anônima, deve ser respeitada como um bem em si. O mais é exploração comercial inescrupulosa da vida e da morte dos melhores e mais honrados.

   • Este texto trata de um dos fenômenos mais chocantes neste país e no mundo: a banalização da vida, em especial da vida das pessoas anônimas. Por que  a vida dos mais pobres é tão desvalorizada, enquanto a dos que estão nas manchetes dos jornais e nos programas de televisão sempre é tida como importante? Será que a vida de uns  vale mais do que a de outros? Se todos somos humanos, quais  são os critérios para essa diferenciação?
    Por que, elas são bem conhecidas, para aparecerem na televisão ou jornais provavelmente devem ser famosos. E as pessoas hoje ligam muito para artistas de novela e para as noticias do dia-a-dia. Elas preferem , ficar assistindo a tv ou lendo o jornal do que ajudar aos pobres, que são realmente aqueles que necessitam de atenção. As pessoas  de hoje em dia, mas nem todas, apenas se preocupam com elas mesmas, do que em ajudar aos outros. Todos nós temos valores iguais, as pessoas é que fazem a questão de ver a sociedade divida, entre pobres e rico, enxergando a diferença entre eles.